Crítica Especial Oscar 2016: “Perdido em Marte”
Muito bem, a pedidos, vou fazer um especial aqui do Oscar 2016, postando criticas todas as segundas sobre os filmes da premiação (não necessariamente os indicados a melhor filme) até o fatídico domingo 28 de fevereiro! Será que o DiCaprio leva finalmente? To doida pra ver O Regresso, tá pra estrear nos cinemas por aqui!
Vamos à critica de hoje?
Um dos filmes indicados para melhor filme é Perdido em Marte, com direção de Ridley Scott e papel principal interpretado por Matt Damon (também indicado como melhor ator). O filme conta a história de Mark Watney, um astronauta que é deixado pra trás em Marte por sua equipe – que pensa que ele tinha morrido. Quando se ve sozinho, Mark usa de sua inteligencia e habilidades para tentar contactar a NASA e ser resgatado.
O roteiro do filme é ótimo, bem fechadinho, e o personagem principal – interpretado por Matt Damon – é bem inteligente e espirituoso, não se deixando desesperar quando as coisas dão errado – e põe errado nisso. Às vezes o filme se torna um pouco lento, mas mais pro final ganha força e vai bem até o fim.
Do outro lado da organização de todos em torno do resgate, tem um pequeno drama político por parte da direção da NASA, que teme as consequencias de admitir para o mundo que há um astronauta perdido no planeta vermelho – bem coisa de filme americano.
Gosto muito do Ridley Scott, que sabe como ninguém dirigir filmes grandiosos – vide Alien, Blade Runner, Gladiador, Robin Hood, etc. E é claro que como toda boa superprodução, Perdido em Marte tem todos os aspectos técnicos bem elaborados. A paisagem de Marte é incrível, vermelha e desértica – na verdade o Vale da Lua, na Jordania -, e é legal o contraste entre essa paisagem e os escritórios cinzentos da NASA. A trilha sonora chama atenção, pois é bastante composta por músicas que Mark ouve no abrigo, músicas dos anos 80 que estão no notebook da comandante – e que Mark não cansa de fazer piada.
Apesar da tensão, Perdido em Marte nunca perde a esperança do resgate do astronauta e tem momentos divertidos. No fim, é um bom filme, apesar de que, na minha humilde opinião, não sei se colocaria ele pra concorrer ao Oscar.