
Qual o limite entre inspiração e cópia na moda?
“Nada se cria, tudo se copia” Chacrinha
Parafraseando o famoso químico Lavoisier “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, Chacrinha, grande nome da televisão brasileira, uma disse a frase “Na televisão nada se cria, tudo se copia” e, bem, também podemos traçar esse paralelo com a moda e outras áreas artísticas.
É natural as marcas se inspirarem em outras na hora de criar as coleções, ter referências de modelagens, tecidos, cortes. Mas a partir de que momento essa inspiração vira uma cópia literal, um plágio?





Vemos as tendências super efêmeras das redes sociais (especialmente na rede ao lado) trazerem um senso de urgência pra moda, e a necessidade de produzir as peças, as trends do momento na velocidade da luz.
Algumas marcas da moda nacional acabam suprindo essa demanda copiando designs de outras que não chegam por aqui, ou que os seus clientes não podem comprar. Será a nossa síndrome de vira-lata falando alto? Que diz que tudo o que vem de fora é melhor? Porque talento temos de sobra por aqui e isso ninguém pode negar. E ainda rolam processos relacionados a direitos autorais, como foi o caso da Louboutin que processou a Carmen Steffens em 2011 por usar a sola vermelha dos sapatos – patenteada por ele.
O inverso também acontece: já tivemos casos polêmicos de marcas estrangeiras copiando designs de pequenos empreendedores brasileiros e lançando em seus países como algo único original. Foi o caso do designer de estampas João Incerti, que teve uma estampa copiada por uma marca americana Meg.
Com a internet fica muito mais fácil descobrir essas peças “inspired” (e nem vou entrar no mérito da falsificação), e quando uma cópia escancarada viraliza as marcas que copiam ficam em alta – seja para serem criticadas, canceladas ou mais conhecidas.
Será o “copia e cola” da moda um ciclo sem fim?
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